Unidade II.II.IV

O desenvolvimento pessoal é entendido James Marcia. James Marcia defende/ desenvolve o desenvolvimento pessoal atravésde um compromisso com um conjunto definido de escolhas e através da crise da identidade.

 

Construção de uma identidade

 

 

 “Quem sou eu?” / “Crise de identidade”

Para Erikson os adolescentes procuram crias uma identidade que lhes permita a participação no mundo adulto, adquirindo confiança, autonomia, iniciativa e competência. A construção da identidade começa na primeira infância e dura toda a vida.

A “crise de identidade” deve-se a dois factores: a exigência social e a insegurança pessoal. O indivíduo tem dois grandes desafios pela frente:

1.           Encontrar uma orientação para a vida que não traia as suas aspirações, valores, atitudes e crenças mas que seja consistente com o que a sociedade espera de si;

2.           Construir uma identidade que exprima uma autonomia e independência em relação aos pais sem romper a ligação com a família.

Segue-se uma período de tempo em que o adolescente explora diversas alternativas com o objectivo de se auto definir de uma forma autêntica e em que pode parecer á deriva mas, no fundo, está à procurado que é e vai ser, esta fase é denominada de moratória psicossocial.

Segundo James Marcia, que aprofundou o legado de Erikson, o progresso do adolescente em direcção à formação de identidade dá-se em quatro fase que não são obrigatoriamente consequentes:

ü  Difusão de identidade – Os indivíduos evitam compromissos, não consideram seriamente nenhuma opção. Pouca confiança, sentem-se confusos ou intimidados com a tarefa de encontrar uma identidade própria. Nenhum compromisso/Nenhuma crise.

ü  Identidade outorgada – Os indivíduos possuem identidade maioritariamente determinada pelos adultos e não pela exploração pessoal de alternativas. Não são responsáveis pelo que decidiram ser. Compromisso sem crise.

ü  Moratória – Os indivíduos continuam numa fase de experimentação de alternativas e possibilidades, embora a procurem ainda não têm uma identidade própria. Crise mas ainda sem compromisso.

ü  Realização da identidade – O indivíduo depois de explorar várias alternativas escolheu deliberadamente uma identidade. Crise que conduz a um compromisso.

Como nota final é importante realçar que a fase da realização se pode atingir a certos aspectos da personalidade e não a outros, a crise da identidade vai-se resolvendo gradualmente em diferentes domínios. Geralmente a identidade só fica completamente integrada na plena fase adulta.

  DESENVOLVIMENTO E A SOCIALIZAÇÃO

Relação Mãe/Bebé -- As características desta relação no primeiro ano de vida, vão ter grande importância no desenvolvimento futuro da criança: personalidade, auto-estima, confiança em si próprio. Poderemos dizer que o bebé, antes de nascer, se relaciona com a mãe. Ele influencia e é influenciado pelo mundo envolvente.

Todas as mães falam a “linguagem do bebé”. O bebé nasce com capacidades que lhe permitem ser activo no relacionamento humano. Está provado que o bebé distingue a voz da mãe da das outras pessoas, reconhece o seu odor e que, ao fim do primeiro mês, reage ao seu próprio nome, quando pronunciado por ela.

Sorriso -- É a primeira manifestação comportamental activa e intencional, desenvolvida na comunicação mãe/filho. É um comportamento que une o fisiológico e o emocional.

Vinculação --  Necessidade de estabelecimento de contacto e de laços emocionais entre o bebé e a mãe e outras pessoas próximas, como um fenómeno biologicamente determinado. É uma necessidade como comer.

Experiências etológicas --  A procura de contacto corporal e de proximidade física são mais importantes que a necessidade de alimentação. Esta necessidade de agarrar, estar junto à mãe, vai ser designada como o contacto do conforto.

ADOLESCÊNCIA

Época marcada por profundas alterações/ transformações. É difícil delimitar etariamente o início/ fim da adolescência. Já não é criança, mas ainda não é adulto. Existem imensos preconceitos.

A adolescência é um espaço/ tempo onde os jovens através de momentos de maturação diversificados fazem um trabalho de reintegração do seu passado e das suas ligações infantis, numa nova unidade.

O adolescente quer crescer, mas tem tendência para regredir. O jovem está associado a preconceitos como vandalismo/ droga/ delinquência.

São-lhe exigidas autonomia e responsabilidade. Esta situação reflecte-se com expressões contraditórias e paradoxais. A adolescência não é obrigatoriamente uma fase perturbada, dado que grande parte dos problemas são ultrapassados.

A adolescência começa com transformações probletárias e termina com a construção de uma autonomia e identidade.

  ADOLESCÊNCIA E DESENVOLVIMENTO

Aspectos fisiológicos -- Numa fase de pré-puberdade, que dura +- 2 anos, ocorrem mudanças corporais que preparam as transformações fisiológicas da puberdade.

Aspectos afectivos -- As transformações corporais levam o jovem a voltar-se para si próprio, procurando perceber o que se está a passar, para se entender mais profundamente enquanto pessoa. Alguns adolescentes fecham-se muito sobre si próprios, comunicando pouco com os adultos. O adolescente tem de assumir uma imagem corporal sexualizada, o que não é sempre fácil. A forma como cada um se autopercepciona (auto-conceito) e o modo como gostamos de nós (auto-estima) são muito influenciados pelo meio em que se vive, a maneira como se é representado e aceite por outros.

Aspecto intelectuais -- A adolescência é uma fase em que se obtém uma maturidade intelectual. O pensamento formal vai abrir novas perspectivas. O raciocínio hipotético-dedutivo é uma arma poderosa nas opções profissionais e caminhos que se aspiram. O exercício destas novas capacidades cognitivas de abstracção, pode permitir uma distância relativamente aos conflitos emocionais. Volta a reaparecer o egocentrismo intelectual.

Aspectos Sociomorais -- O jovem vai interessar-se por problemas éticos e ideológicos, debate-os, faz opções e constrói os valores sociais próprios. São hoje muito referenciados os problemas sobre a aquisição de estatuto de “jovem adulto” e a sua relação com o prolongamento do tempo de escolaridade.

 

 

 

 

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